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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A casa caiu, mano!

Este termo é muito comum nas comunidades e, dizem alguns, que nasceu nas cadeias. Parece coisa de bandido mesmo, apesar de eu já ter ouvido na boca de polícia.

Bandido ou mocinho, polícia ou ladrão, a questão é que se algo não for feito, realmente a casa vai cair e, se cair, não adianta ficar procurando o culpado (ou pobre inocente), o que não pode é deixar a casa cair, caso contrário, vai sim virar caso de polícia ou Ministério Público.

Escrevo como cidadão, apesar de ter visto e fotografado como advogado. Estou falando de uma visita que fiz junto com o Presidente da Associação de Moradores do Jardim Vante e Adjacências - AMOJAVE (adjacências são todos os bairros que estão em volta do Vante) ao bairro recém criado e batizado com nome chique de “Altos do Jequitibá”.

Antes de relatar a visita, vale a pena falar do nome do bairro. O que este nome lhe parece? A mim, lembra um condomínio horizontal, totalmente cercado, com um maravilhosa portaria, vigiada 24 horas, com as melhores e mais bonitas casas dentro e repleto de Jequitibas, não é mesmo?

Ai vem os fatos, ai vem a visita!
Como dizia, fomos eu (Gian, advogado da Amojave) e Claudinei de Camargo (Nei da Pedra, Presidente da AMOJAVE) entre outros amigos, visitar o bairro já citado, para conhecer e registrar a situação das moradias entregues ao pessoal, vítima das enchentes do Bairro Soamim.

São famílias que de repente se viram “dentro d’água” e foram removidas para um espaço público e depois (bem depois...) para estas casas que fomos visitar.

Amigo leitor, as casas estão em sua maioria todas rachadas e “talvez” (talvez, porque sou um cidadão e não um engenheiro) corram risco de cair.

Veja as fotos abaixo, parece uma loucura permitir que pessoas morem em casas, recém construídas, que já estão deste jeito:






  
Volto a perguntar, é um caso para a Prefeitura ver, para a empreiteira cuidar ou de polícia mesmo? É coisa de bandido ou de mocinho bom? Só sei que se a casa cair, mano, vai fechar o tempo lá no bairro e nas adjacências.
É como tenho dito no programa de rádio www.programaquestaodeopiniao.com.br, será que vai ser preciso morrer alguém dentro de uma carro ou ambulância que esteja preso no trânsito da ponte de acesso ao Jardim Vante para duplicarem a ponte?

Será que vai ter que morrer alguém dentro da UTI móvel para termos uma UTI “imóvel” em Porto Feliz?

Será que vai precisar morrer (mais um) na Rodovia Marechal Rondom para termos uma passarela perto da Stemman?

Será que vai ter que morrer mais um para cuidarem dos retornos na marginal?

Será que alguém vai ter que morrer de dengue para recolherem os lixos em nossa cidade?

E por fim, será que vai ter que cair uma casa do bairro de nome chique, sem cerca, sem portaria e sem casas bonitas - não que precisassem ser bonitas, mas pelo menos seguras para darem um jeito lá?

São perguntas, até aqui sem respostas. Perguntas que retratam apenas uma QUESTÃO DE OPINIÃO!

4 comentários:

  1. Depois de ver como acontecem os processos de licitação pelas cidades desse nosso Brasilzão, não me surpreende que essas casas tenham ficado neste estado.

    De todos os interesses que rolam por trás nessas horas, a segurança do povo é o último a ser levado em consideração...

    Uma pena!
    Muito bem registrado!

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  2. Estes problemas mostrados nas fotos são típicos de uma construção feita às pressas, no famoso "jeitinho brasileiro". No caso da rachadura acompanhando o formato dos tijolos, é bem provável que seja causado por uma fundação mal feita. Portanto, dependendo da gravidade, existem grandes chances de que algum problema maior aconteça daqui alguns anos.
    Chego a pensar que não são engenheiros de verdade que se prestam a construir uma casa dessa.
    Pelas próprias normas brasileitas (NBR) de qualidade da habitação, o responsável por estes defeitos é o próprio engenheiro que autorizou a construção das casas citadas. Como, no caso, envolve licitações, a prefeitura é co-responsável.
    O Ministério Público tem todo direito de processar a prefeitura (e a construtora) e buscar uma indenização justa: uma nova casa.

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Este blog foi criado para discutir seriamente questões de nosso cotidiano. Contudo, considerando o fato de que passou a ser utilizado para, de forma anônima e inescrupulosa, manifestar agressões verbais e difamatórias, restringi a participação com base no inciso IV do artigo 5 da Constituição Federal, que estabelece ser "livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" Boa leitura. Gian.